Em 2022, uma pesquisa realizada pelo Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e pela Anegepe, a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, demonstrou que quase 70% da população brasileira de 18 a 64 anos estava envolvida com o empreendedorismo. Com isso, entendemos que empreender faz parte da cultura do país e é de extrema importância estar atento a essa temática.
Pensando nos jovens estudantes e no mercado de trabalho, as escolas podem abordar o empreendedorismo com o objetivo de prepará-los para o futuro profissional e estimular habilidades essenciais tanto para essa prática quanto para a vida adulta no geral. Afinal, empreender trabalha diversas competências, como:
- Autonomia
- Cognição
- Pensamento crítico
- Autoconfiança
- Motivação
- Trabalho em equipe
Segundo a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, o empreendedorismo enriquece o ser humano no geral! Confira uma passagem que encontramos em uma de suas publicações:
“Hoje, o empreendedorismo é mais que tudo uma postura e um espírito que permitem ao empreendedor encarar problemas como oportunidades e cultivar, acima de tudo, a capacidade de estar atento e de tomar decisões. Atento aos riscos, às oportunidades, aos processos e aos comportamentos para gerar decisões transformadoras e benéficas para o empreendimento e o grupo social que dele se beneficia.” – Base Nacional Comum Curricular
Além disso, não podemos esquecer que para empreender é preciso colocar em prática conteúdos aprendidos em sala de aula, como a matemática, por exemplo, no momento de calcular o valor do produto e realizar cálculos diários.
Mas, então, como colocar esse tema em prática nas escolas?
Primeiro, é necessário saber que existem três tipos de empreendedorismo: o clássico, o social e o serviço social. Veja a diferença entre eles:
Empreendedorismo clássico – Este método é projetado para gerar lucro financeiro. O objetivo é que o empreendedor e seus investidores tenham algum ganho financeiro pessoal.
Empreendedorismo social – O empreendedorismo social não tem como prioridade criar lucros financeiros para seus investidores. Neste caso, o objetivo maior é trazer benefícios para um segmento da sociedade, sendo, geralmente, planejado para uma população carente. Apesar de não gerar lucro, um empreendimento social pode gerar renda e pode ser organizado com fins lucrativos.
Serviço social – Diferente dos outros métodos de empreendedorismo, o serviço social é uma resposta a um problema social identificado que foi acolhido por alguém. Com isso, normalmente, é necessário atrair recursos e provocar transformações por meio de ações indiretas sobre governos, ONGs e empresas.
Agora que você já sabe os tipos de empreendedorismo, que tal algumas ideias para trabalhar esse assunto com os seus alunos?
Promova a cultura maker
Valorizando a criatividade e a criação de objetos, a cultura maker está baseada na ideia de que qualquer pessoa pode construir e consertar qualquer coisa. Sabendo disso, incentive a turma a criar seus próprios projetos e estimule os alunos a terem consciência de pertencimento e senso de donos de suas próprias ideias. É possível até criar uma feira de exposição para familiares e amigos para que eles apresentem seus trabalhos, tema do nosso próximo tópico.
Feira do empreendedor
As feiras de empreendedorismo nas escolas são muito comuns e nunca perdem sua importância. Além de valorizar toda a parte criativa na criação do nome da lojinha e sua comunicação, por exemplo, os alunos são incentivados a realizar cálculos matemáticos no momento de realizar as vendas e trabalhar com dinheiro real.
Ação solidária
Tirar do armário roupas e brinquedos que não utilizamos mais é uma ótima atitude para trabalhar a solidariedade. Desta forma, os alunos podem realizar as doações e os objetos podem ser vendidos em uma feira organizada pela escola. A renda arrecadada no bazar pode ser doada para instituições de caridade e ONGs.
Curtiu as ideias? Agora, é só colocá-las em prática!