Ensino Médio: metodologias ativas e como estimular os alunos

Por BRUNNA BUSCH
fevereiro, 24

Atualmente, o ensino básico no Brasil é dividido em três grupos: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio, formado por três anos.

Desde 2013 – o que nos leva a entender nesse fato como algo recente na história da educação brasileira –, o Ensino Médio passou a ser obrigatório no território nacional. Desta forma, a partir do momento que a criança ingressa na escola, ela deve permanecer em atividade, na rota de seus estudos, até os 17 anos. Conhecido como “segundo grau” pelos mais velhos, o Ensino Médio é a última etapa da vida escolar antes de o jovem ingressar no ensino superior e, por este motivo, é uma fase de extrema importância. Em resumo, pode-se dizer que o objetivo principal deste ciclo é o de aprimorar os conhecimentos dos estudantes e prepará-los para o futuro próximo, considerando tanto o mercado profissional quanto a chegada na universidade.

É um divisor de águas. O adolescente vê sua vida seguindo outros caminhos. Há portas se abrindo sem que o destino final pareça definido, sem falar nas mudanças: constantes e em diferentes contextos, do biológico ao social. Escolher uma profissão, aventurar-se nos vestibulares, manter a vida social e estudar não é um grupo fácil de tarefas. Sabendo disso, a escola e os professores devem ter uma atenção especial com as turmas mais velhas para que eles sintam que seus sentimentos são acolhidos e, ao mesmo tempo, continuem focados nas aulas que os levarão ao futuro desejado.

Assim sendo, é interessante que os docentes apliquem metodologias em sala de aula que tragam muito mais engajamento, participação ativa dos estudantes, desenvolvimento de habilidades e, claro, absorção do conteúdo.

Veja só uma lista de 5 possibilidades que preparamos de olho nessa etapa da vida escolar!

1) Sala de aula invertida

Com esta abordagem, os alunos passam a ser muito mais ativos, deixando de lado o papel de ouvintes. Afinal, os alunos estudam o conteúdo previamente e, depois, vão para a escola com um conhecimento que é fruto de sua investigação. Desta forma, ele consegue adquirir a habilidade de construir ideias, argumentos e conhecimento sozinho, ganhando autonomia. A sala de aula passa a ser utilizada como ponto de encontro, permitindo tirar dúvidas e esclarecer pontos que não foram tão bem assimilados. Assim, o professor passa a ser apenas um mediador. Enquanto os alunos estão realizando os estudos, é possível que o docente esteja criando uma sequência de questões voltadas ao tema, atividades relacionadas ao assunto ou estudando a temática mais a fundo com o objetivo de trazer mais conhecimento em sala.

2) Estudo de caso

Trazer um assunto atual para a sala de aula é sempre uma ótima oportunidade de fazer com que os alunos se engajem na atividade. Desta forma, aborde um tema em alta, que esteja sendo discutido no âmbito do contexto em que o aluno está inserido. Pautas como desigualdade social e preconceito, por exemplo, sempre merecem a nossa atenção. Apresente o cenário da reflexão e peça para que os estudantes pesquisem sobre o assunto, criem materiais, busquem soluções e até mesmo apresentem um relatório. Durante essa jornada de múltiplas tarefas, eles poderão trabalhar em grupo, estimular a comunicação, o senso crítico, a resolução de problemas e muitas outras competências.

3) Utilize a tecnologia

Aproximar o dia a dia dos estudantes da sua rotina escolar é sempre uma boa pedida! Sabemos que, atualmente, a grande maioria dos jovens estão conectados 24h ao dia nas redes e que a tecnologia é a ferramenta mais amada por eles. Sendo assim, que tal utilizar o digital nas aulas? Por meio do ChatGPT, ambientes de inteligência artificial e outras tecnologias, como as plataformas Karoot, Mentimeter, Padtle. Além de, claro, proporcionar aos estudantes o contato com outros materiais além do tradicional livro, como os vídeos, filmes, artigos e muito mais.

4) Gamificação

Seja um jogo digital ou não, a gamificação é uma metodologia incrível para chamar a atenção dos adolescentes. Além de estarem absorvendo a matéria, estão estimulando habilidades como trabalho em grupo, raciocínio lógico, comunicação e resiliência. Um bom exemplo de gamificação é, por exemplo, criar jogos ou utilizar games prontos que tragam desafios e premiações. Os estudantes adoram ser desafiados e, desta forma, acabam sendo cativados pela atividade.

Neste caso, o famoso Banco Imobiliário, por exemplo, pode ser uma ótima alternativa para o ensino do sistema monetário e, até mesmo, a desigualdade social por meio de uma atividade lúdica.

5) Atualidades

Uma outra maneira de estimular os alunos durante as aulas é trazer temas modernos para o plano de aula. Além de estudarem os conteúdos previstos nos livros, é importante que os estudantes tenham contato com a atualidade, com situações novas e que, na percepção deles, seja relevante, como matérias jornalísticas, artigos de revistas e publicações científicas. Além de ser uma forma de debaterem sobre o assunto, os jovens ganham experiência para situações que irão enfrentar nas provas, em especial para as redações, que costumam demandar uma visão sobre a contemporaneidade.

Por último, mas não menos importante, é necessário que a escola ofereça um material didático de qualidade e que estimule os estudantes.

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